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A 13 de Maio: afinal havia outra!

por Fátima Pinheiro, em 12.05.14

 

 

da net

Coroa com a bala que tinha o mesmo diâmetro da anilha que une as hastes do diadema

 

 

A 13 de Maio na Cova da Iria....Mas afinal havia outra. A bala que disparou contra João Paulo II a 13 de Maio de 1981 em Roma, coube no espaço oco que a coroa da Senhora de Fátima lá tinha desde que foi feita, como se dela estivesse à espera! A vaticanista Aura Miguel, no melhor livro que já li sobre S.JoãoPaulo II e Fátima, e após conversa com quem fez  a jóia,  revela que foi com surpresa que se verificou que a bala que atingiu o Papa tinha precisamente o mesmo diâmetro da anilha que une as hastes do diadema em que o projéctil foi colocado. O director da joalharia Leitão e Irmão, em Lisboa, não tem dúvida de que a coroa de Nossa Senhora de Fátima é "a jóia mais importante feita em Portugal". “Aparece brilhante a virgem Maria”. E muda corações.

 

Inspira Artes e Vidas. Poemas sem conto. O de Dante, nem comento, intocável. O que Vieira escreveu para a Festa é um dos mais belos. Luis Miguel Cintra declama-o como ninguém. Um dia um Rei de Portugal tirou a coroa que tinha na cabeça e fê-la Rainha de Portugal, "Vila" Viçosa. Ela, em 1917, no ano em que os ventos de Leste mudavam - e para o que depois se viu -, apareceu no lugar da Cova da Iria. O Papa Francisco - de quem todos gostam tanto - dedicou o seu pontificado a esta rapariga. O saudoso João Paulo II, recomposto do atentado que sofrera a 13 de Maio de 1981, declara publicamente que a essa rapariga ficou a dever o seu longo pontificado; aos 3 anos na cadeira de Pedro, seguiram-se anos de milagre. Uma mão disparou, outra desviou a bala. Ela, outra vez. Ele, agradecido, "mudou-se" da Polaca Virgem Negra para a Senhora mais brilhante que o Sol. Ela. Vem à Cova da Iria, dá-lhe o seu anel de estimação, e a bala que nada pode fazer. Até o jovem turco que a usou, estranhou a derrota. Raspou a aorta, ao que era suposto nada sobreviver.

 

A 25 de Março de 1984, dia da Anunciação, o Papa de Leste fez o que a rapariga já tantas vezes tinha pedido, mas que só ele soube fazer: consagrar o mundo ao seu imaculado coração. Quem sabe ler a História, veja o que aconteceu a partir desse data. Sei que é uma rapariga que gera polémica, e que Fátima não é tema pacífico. Mas nestas coisas acredita quem tem interesse e razões. Não é o único caso em que se toma posição com base na ignorância, e não no conhecimento. Não é o que acontece de menos bom na Cova da Iria que tem o poder de apagar o resto.

 

António Vieira: "(...) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus: Maria, de qua natus est Iesus (...)." (Sermão do Nascimento da Mãe de Deus).

 

Somos crescidinhos e usamos a razão da forma que bem entendermos. 64 anos depois do 13 de Maio de 1917, houve uma bala que demorou a atingir. Está agora noutra cova, como se vê na imagem. Agarra-a se quiseres.

 

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4 comentários

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Fátima Pinheiro a 13.05.2014

Acertou no meu escrever: parto da realidade e não de esquemas. Dogmatizar? Tem razão: nunca. Diz que não católico fervoroso. Percebo o que diz. Mas olhe que não sei...

Agradeço-lhe profundamento o incentivo que me acaba de dar. Continuarei com o mesmo gosto a fazer como fazia. E devo dizer-lhe que são palavras como as suas, de incentivo - sim, uma mudança envolve riscos - que me dão a certeza de que o que interessa não é a quantidade mas a qualidade. Obrigada pela amizade, a única palavra que encontro - e é boa - para exprimir o que sinto. Espero que volte sempre.
FP

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