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                             K G Chesterton (fotografia tiradad da net)

 

Foi muito bom o Colóquio sobre G. K. Chesterton no A2 , na Universidade Católica, ontem. Não admira que Jorge Luís Borges o tenha escolhido como seu escritor de eleição,  como um dia explicou: “era um homem que não se limitava a acreditar em Deus, mas que se interessava mesmo por Ele.” Não para estar nas nuvens, mas para gozar a vida. Um dia perguntaram-lhe que livro gostaria de ter nas mãos se ficasse isolado numa ilha deserta. Resposta: “manual para construção de canoas”. Recentemente veio a notícia de que poderia vir a ser declarado santo; como já aqui disse, chegou-me às mãos um artigo do Jewish Chronicle:  "Pode o inimigo dos judeus G.K. Chesterton ser um santo?". Mas poderá um verdadeiro inimigo dos judeus (e que disse em tempos coisas menos edificantes) ter escrito um dia: "Darei a vida em defesa do último judeu na Europa"? Quando um dia lhe perguntaram se seria santo, ele, no seu paradoxal humor disse que seria bem interessante um homem gordo, de charuto, e mais não sei o quê, de auréola na cabeça!

 

Hoje expresso aqui coisas que lá, na Católica, marcaram esta mulher, que ontem era quinta-feira. E tenho que me despachar porque não resisto a correr ver o Público. Para ler quem já não faz política. O que inventou Soares esta vez?! Porque no fundo gosto de ti – não destas tuas manobras - espera amanhã pelo (2)…

 

“Small is beautifull”, eu já sabia. Mas ontem “aumentei”. Só um homem grande e rolante faz dos pequenos, grandes. Isto é comuns, dizia Chesterton, o meu “homem que é hoje”. Os mais de 5.000 artigos do jornalista alargam-nos porque neles All things [ are] considered. Criticam-no um dia: nunca escreves sobre Deus! “Não”, disse. “Em tudo o que escrevo estou a escrever sobre Deus”. É o tema. Aliás já Santo Agostinho dizia que só há dois temas sobre os quais interessa escrever: o “eu” e “Deus”. Não se espere portanto encontrar um tema-tema, mas qualquer escrito de Chesterton é, disse-o, a sua visão sobre o tema. E o seu amor ao paradoxo não é uma figura de estilo, mas é a sua visão das coisas. Por grande ou comum exemplo, de S.Paulo:  Vejo o bem que quero e não o faço; faço o mal que não quero, e ganha em mim. Mas não me ganha a mim, diria. Nem a Chesterton: aos 40 converteu-se ao catolicismo. Assentou na Pedra que salva.

 

E é sem rodeios que o testemunha: “converti-me ao catolicismo por causa da Confissão.” Não à caricatura que dela se faz: peca, peca, que depois vais ao padre. Não andamos aqui a brincar às escondidas. Não estou a brincar comigo. Nem ele com ele! Estamos sim a chamar as coisas pelo nome. Ah, sou limitada, todos fazem o mesmo, os tempos mudaram, é a vida. Ó pá não me apetece. Ó pá apetece-me. E a vida é curta (será?). OK. Mas quem tem medo da palavra “pecado”? Não me venham com histórias de inquisições ou pedofilias, que isso há em todo o lado. “Pecado”, o que é? É “não amar”, that´s all. O pior dos pecados é o desespero, desistir. De mim, de tudo. Conheço isto muito bem. É comum.

 

Chesterton tem textos sobre a alegria da Confissão que são desarmantes, notou Maria João Laje, uma das conferencistas. E a alegria é justamente o “segredo do cristianismo”, diz ele. Contagia sem violentar. Desarma sem agredir. À santo. Os bloguistas bem precisam de um, e que eu saiba, não há ainda. De qualquer forma, Chesterton já o tenho no meu escapulário, muito pequenino, que levo ao peito, e onde estão escritos os nomes dos meus amigos. Eu, uma mulher pecadora, normal, santa, comum e extraordinária. O segredo não está no escrupuloso querer saber se O amo;  está sim na certeza que recebo, todos os dias, de uma forma mais ou menos estúpida, com mais ou menos dificuldades (títulos de livros dele, que a Zita Seabra tem editado na sua Aletheia), que Ele me ama. Lembra K. G. “ a fé começa mesmo antes de a termos”.

Só porque me esqueço destas coisas, às vezes “sinto-me” infeliz. Ainda bem que a felicidade não é um estado de alma! A felicidade acontece – cai-me de cima em cima – no meu desejo ou sede saciados no pedir dela de cada dia. Se eu fosse a fonte ou a gestora dessa Água, não seria eu. Deus me livre.

 

O João estava ontem sentado no A2 à minha esquerda. A certa altura, falava-se das coisas simples das nossas vidas, tirou da mochila um livro de Roger Scruton: I drink, Therefore I am. A Philosopher´s Guide to Wine.  “Lê!”. E deu-me uma passagem em que alguém conta a sua visita a uma casa das Irmãs da Madre Teresa de Calcutá: “It was with a botle of Ksara rosé that a great change came over my thinking” (Continuum, 2009, p.72). A Isilda, que estava do meu lado direito disse: ”esse autor é muito bom”; “acabei de ler um livro dele…”. “Qual?” Ela disse uma coisa como as vantagens de ser pessimista. Vou ver. Só se pode ser otimista K.G.

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Papa Francisco, Rabib Abraham e Iman Omar Abboud,  anteontem em Jerusalém 

fotografia tirada da net

 

O voo à Terra Santa não foi visita política. Foi correr para agarrar o essencial. O que faz correr Francisco assim? O livro sagrado tem a “definição” de amor no capítulo 13 da Primeira carta aos Coríntios. Aí se diz que o Amor é uma construção, mas a partir de um Dom, de algo que “já está”. O mesmo se diga da Unidade. Aqui vem a questão: se é um Dom, por que razão o peço, por que há que pedi-lo? Sim, porque o sucessor de Pedro insiste em que  peçamos – ou rezemos, que é o mesmo -, sempre e insistentemente. Mais uma vez o certeiro Chesterton a notar que a verdade está no Paradoxo. Mas S. Agostinho ainda diz “melhor”.

 

O que escrevo faz sentido para quem precisa de ser salvo. Eu preciso. Sei por experiência que preciso de mãos que me levantem todos os dias, de olhos onde vejo portas e janelas, de abraços que me curem as feridas. Pelas minhas mãos nada disto acontece e acontece (outra vez o paradoxo que ilumina): “o amor é paciente, é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento./ Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade./Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (da tal carta de S.Paulo). Aquele abraço da Terra Santa, acima na fotografia, diz tudo.

 

Repito as palavras de S.Agostinho à minha maneira: Deus criou-te sem ti mas não te salva sem que o queiras, sem a tua liberdade, o teu sim a ti mesmo, ao que és por dentro. Quando os irmãos “desavindos” se deixam apertar nos doces braços do Pai, choram de alegria. Convertem-se, isto é, o seu coração, a sua razão, alarga. Abraça o mundo. De boas intenções está o inferno cheio, oiço. E então. Há alguma coisa que vença mais que o fogo do Amor? Eles correm, correm.

 

O Abraço em que há dias se fundiram o Papa Francisco, o Rabib Abraham e o Iman Omar Abboud, em Jerusalém, mostra ao mundo inteiro que Deus não é uma Utopia mas uma Presença. Uma Presença: vê-se, toca-se. A isto se chama Encarnação. O verbo se fez carne e habita entre nós. 

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Manuel Arouca: a sua "Fátima no Mundo"

por Fátima Pinheiro, em 18.05.14

 

                                Rio de Janeiro, réplica da Capelinha das Aparições de Fátima

                                da net

 

Manuel Arouca não sei quem é. Disseram-me que se converteu e que acaba de apresentar ao público um documentário seu, sobre Nossa Senhora de Fátima no Mundo. Não me entusiasmei. Conheço “bem” Fátima e não me sobra muito tempo para ver mais do mesmo. Mas fui ver. O documentário não é nada do que eu tinha imaginado. Ficou para mim mais claro que Fátima não tem “mensagem”. Que é sim uma vida. E que é melhor saber como ela anda por esse mundo  fora. A obra de Arouca corre contudo um risco: o de reforçar a postura pseudo-intelectual que afirma a pés juntos que o fenómeno é uma grande dose de ignorância, crendice e oportunismo. Uma grande “treta” que só serve para engrossar os cofres do Vaticano, como se costuma dizer. Mas quem arrisca não petisca! Parabéns Manuel Arouca…

 

Por acaso já sabia que no Rio de Janeiro há uma réplica (igual, igual mesmo) da Capelinha das Aparições. Sabia que  Brasil, Angola e  Moçambique, são fervorosos devotos. Agora, Hospitais, Universidades, Escolas, com o nome “Fátima”?  Um liceu com uma imagem da Senhora à porta a levar festinhas daquelas mochilas de adolescentes, ao entrar e ao sair das aulas? ”Fátimas” aos molhos em sítios de olhos em bico, Correia, China? Ou nos Estados Unidos, Macau, ou em locais de culto hindu? Destes últimos recordo uma imagem de Fátima num andor que é um dragão vermelho, transportadas pelos servitas lá do sítio; ou a de um grupo de hindus de grinaldas no pescoço a colocarem (coisa que fazem já por tradição) grinaldas no pescoço de Fátima. Isto e mais, umas atrás das outras, não sabia.

 

E mais. Testemunhos, em entrevistas dadas pelos próprios a um ritmo muito natural, de conversões que não fazia a mínima ideia. Nem imagino as que já sei que não sei. Como a daquela mulher que veio de longe à Cova da Iria, pedir a Fátima que lhe desse um marido. O que lhe deu a Senhora? O encargo amoroso de uma obra que hoje acolhe centenas de órfãs e que aquela mulher leva com toda a alegria! Ou a daquele homem, bêbado e drogado até aos cabelos e que conta o seu desejo enorme de sair de tal alienação. Num estado já terminal, a mulher leva-o ao Hospital que tem no nome a palavra “Fátima”, creio que em Fortaleza. E ele conta que aí vira uma senhora de branco. Vão depois a uma Igreja e ele, ao olhar para uma imagem que lá estava, vestida de branco reconhece: “é ela, aquela senhora de branco que me curou!” O episódio acaba com o documentário a mostrar uma fotografia dele com a família, novo em folha, todo “cheiroso” e bonitão, rodeado de belas mulheres e crianças. A escancarar que no desejar e pedir está o segredo do viver.

 

Fátima é então também esta vida. Uma das pessoas que foi comigo disse-me: “esperava vir a saber sobre a mensagem de Fátima…os segredos e coisas do género; e não, isto é diferente.” Disse-lhe que a percebia mas que para essas coisas lhe podia emprestar um livro muito bom sobre isso: “O segredo que conduz o Papa”, da vaticanista Aura Miguel.

 

O documentário está até hoje nas Amoreiras. Mas vai andar por aí. Mostra como Fátima é acolhida, vivida, em todos os cantos do mundo, por pessoas de culturas e tradições bem diferentes. E curioso é que não perde a identidade. Antes pelo contrário. A multiplicidade reforça o que a Senhora veio a Portugal “fazer” em 1917. Eu que já “sabia” o segredo em todas as suas “partes”, ganhei em humanidade. Percebi melhor que não é o “negativo”  (o negócio, os joelhos feridos, as mentiras …) que tapa o essencial - aliás o mesmo se passa com o futebol e coisas quejandas.

 

“Fátima no mundo” deu-me mais Fátima em mim. Remete-me de forma mais evidente  para quem, um dia -  na barriga daquela rapariga de 15 anos que, entre outros nomes, se dá também conhecida  pelo de “Fátima” - decidiu fazer-se um de nós, para que nós fossemos cada vez mais parecidos com Ele. Os maiores!

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Conchita Wurst, com velas e bolos

 

Dizem eles que a cam-panha para as europeias começou ontem! Deixem-me rir. Mas isso agora não inter-essa. Ou sim? Vinha aqui falar de música, de uma voz que eu não conhecia e que é so-barba. Eu cá era nela que votaria também. Porquê: porque vou ao miolo, não me a-traem as menos-valias. É como hoje – e sempre -, 13 de Maio, em Fátima, coisas que ainda ontem vi in loco: quantas canetas com a Senhora a subir e descer num líquido transparente e conservador? (nalgumas lojas esgotadas, mas já encomendadas, disseram-me ontem com zelo); quantos joelhos rasgados de andar em carro-cel à roda da imagem da cape-linha?; quantos pregões género “se não compra…vai para o inferno!"; quantos terços bene-tom? Pois se calhar ao escrever hoje sobre o Festival da Eurovisão 2014, também tocarei noutras coisas. Isto não é a minha cara, mas Europa e Fátima são.

 

Há muito que não se falava - em casas, na rua, e nos media - de festivais de canções. O de Portugal devido à vem-cedora. O da Euro-Visão, por causa dumas barbas que ganharam. RISE LIKE A PHOENIX (gosto disto), levou Conchita Wurst, da Áustria, a vencer a 59.ª edição do Festival Eurovisão. Devo dizer que tem uma voz especta-ocular. Dizem-me que há mais assim. Pois se há quero conhecer. E dizem mais, que as barbas estavam lá para chamar a atenção (tipo maquie-velismo). Pois ainda bem. Por mim repito o seu discurso: “Esta noite é dedicada a todos os que acreditem num futuro de paz e liberdade. Somos unidade e somos imparáveis”.

 

Ino-vou? Pois é. Só há uma coisa realmente inovadora. Mas como me considero uma mulher de barba rija, não digo. E a palavra vem no Antigo Testamento. O aggiornamento prota- agonizado pelo jargão dos desenvolvimentos sustentáveis, sustentados, objectivos do millenium (já não sei de qual 1000-é-nio), ignora que é impossível retirar seja o que for de um envelope vazio (excepto o Luis de Matos, ou parecido) e que a competição à custa do suor dos outros é uma nova forma de escravidão. Com-chita muito sonhou, su-ou, tra-balhou. A voz ninguém lha tira. É o que costumo fazer cada dia.

 

“Homens de barba rija”? Sim. Não são banalidades, que ideia! São questões de teoria da imagem: a barba está na cara, e a cara está destapada, e a boca e olhos estão na cara (não vou agora falar nem de Lévinas, nem de Sartre, nem de Gibson, nem dos outros, isto hoje é doutra abrangência, ainda maior). Vale tudo e tem a ver com as mulheres. Hoje já é possível im-plantar em qualquer sítio. Fazem-se extensões no cabelo, nas pestanas, e mais. Pode até um homem deixar a sua careca (que pena!). Para já não falar da sempre actual peruca, ou do recurso da “Vida de Bryan”, o daquelas mulheres que para apedrejarem o homem acusado de blasfémia (gesto a que só os homens tinham direito) colocam as maravilhosas barbichas com o elástico à volta da cabeça.

 

Não vivemos já numa era tecnologicamente ainda mais ultrapassável? E desde que a ONU homologou (amen!) a questão da decisão soberana de se decidir a orientação, sexual e outras, e em que os géneros já não são dois mas aqueles que um homem quiser (acho que já vai em 5 géneros), já nem sky é o limite. Já estamos num avanço sem precedentes. Até penas em vez de pelos, ou mesmo escamas, asas e coisas fan-tásticas. E não são os louros e as louras também morenos e morenas? E uns dias assim e outros não?

 

Quanto ao assunto epi-gráfico, penso que não sendo uma questão propriamente íntima, prende-se ao foro pessoal. É por isso uma questão funda-mental, revela muito da pessoa. Com ou sem barba, com ou sem Fátima? Com ou sem elas, posso ser, ou não, protagonista? É como a moda, uma atitude? Sim, mas tudo depende das razões - e não das barbas ou velinhas - que se mostram. É com velas e barbas que os tolos se perdem…

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A 13 de Maio: afinal havia outra!

por Fátima Pinheiro, em 12.05.14

 

 

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Coroa com a bala que tinha o mesmo diâmetro da anilha que une as hastes do diadema

 

 

A 13 de Maio na Cova da Iria....Mas afinal havia outra. A bala que disparou contra João Paulo II a 13 de Maio de 1981 em Roma, coube no espaço oco que a coroa da Senhora de Fátima lá tinha desde que foi feita, como se dela estivesse à espera! A vaticanista Aura Miguel, no melhor livro que já li sobre S.JoãoPaulo II e Fátima, e após conversa com quem fez  a jóia,  revela que foi com surpresa que se verificou que a bala que atingiu o Papa tinha precisamente o mesmo diâmetro da anilha que une as hastes do diadema em que o projéctil foi colocado. O director da joalharia Leitão e Irmão, em Lisboa, não tem dúvida de que a coroa de Nossa Senhora de Fátima é "a jóia mais importante feita em Portugal". “Aparece brilhante a virgem Maria”. E muda corações.

 

Inspira Artes e Vidas. Poemas sem conto. O de Dante, nem comento, intocável. O que Vieira escreveu para a Festa é um dos mais belos. Luis Miguel Cintra declama-o como ninguém. Um dia um Rei de Portugal tirou a coroa que tinha na cabeça e fê-la Rainha de Portugal, "Vila" Viçosa. Ela, em 1917, no ano em que os ventos de Leste mudavam - e para o que depois se viu -, apareceu no lugar da Cova da Iria. O Papa Francisco - de quem todos gostam tanto - dedicou o seu pontificado a esta rapariga. O saudoso João Paulo II, recomposto do atentado que sofrera a 13 de Maio de 1981, declara publicamente que a essa rapariga ficou a dever o seu longo pontificado; aos 3 anos na cadeira de Pedro, seguiram-se anos de milagre. Uma mão disparou, outra desviou a bala. Ela, outra vez. Ele, agradecido, "mudou-se" da Polaca Virgem Negra para a Senhora mais brilhante que o Sol. Ela. Vem à Cova da Iria, dá-lhe o seu anel de estimação, e a bala que nada pode fazer. Até o jovem turco que a usou, estranhou a derrota. Raspou a aorta, ao que era suposto nada sobreviver.

 

A 25 de Março de 1984, dia da Anunciação, o Papa de Leste fez o que a rapariga já tantas vezes tinha pedido, mas que só ele soube fazer: consagrar o mundo ao seu imaculado coração. Quem sabe ler a História, veja o que aconteceu a partir desse data. Sei que é uma rapariga que gera polémica, e que Fátima não é tema pacífico. Mas nestas coisas acredita quem tem interesse e razões. Não é o único caso em que se toma posição com base na ignorância, e não no conhecimento. Não é o que acontece de menos bom na Cova da Iria que tem o poder de apagar o resto.

 

António Vieira: "(...) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus: Maria, de qua natus est Iesus (...)." (Sermão do Nascimento da Mãe de Deus).

 

Somos crescidinhos e usamos a razão da forma que bem entendermos. 64 anos depois do 13 de Maio de 1917, houve uma bala que demorou a atingir. Está agora noutra cova, como se vê na imagem. Agarra-a se quiseres.

 

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