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Mário Soares: uma espécie de «Time Out» (2)

por Fátima Pinheiro, em 31.05.14

 

                                       Mário Soares

                                       Fotografia de Rui Ochoa

 

Amor e tradição são uma lição: o Povo é quem mais ordena? Ai pois é! Mas qual Povo? Dois Amores fizeram duas Cidades: a de Deus e a dos Homens, e essas cidades encontram-se “misturadas” aqui e agora – defende S. Agostinho nos 19 livros da sua obra Civitate Dei. É esta “mistura” que hoje me interessa. Uma espécie de trigo e joio existencial que urge aparar. Cuidar. Sem esta atenção pragmática, a Política já era. Não se vive de ceifas mas sim de vidas e de cirurgias, quando necessárias. Se é para ceifar, então prefiro o regresso às Cavernas, ou o caldo quente original; ou então mesmo um Woodstock que dure até eu me chatear e me encontrar.

 

Jornal Público de ontem: duas colunas de opinião, uma ao lado da outra, uma à esquerda e uma à direita. Mário diz que foi no domingo passado que passou, que se lhe deu a evidência de que existe hoje uma “preocupante indiferença” a António José Seguro. Será que acordou agora? Ou que é da idade, já que os ares de Nafarros, Saraiva, dois Antónios e seus cabritos, não salvam o que não pode ser salvo? Nem pensar! Soares sempre foi, e é, “fresco que nem um carapau”. Uma espécie de time out. E, claro – aqui vergo-me incondicional -, 25 de Abril sempre. Sem sombra de dúvida. Mas nestas matérias nada é mecânico, nem há cá coutadas ou direitos adquiridos. As coutadas são outras, e os direitos são de quem mesmo mais ordena.

 

E já aqui disse ontem que nada disto tem que ver com a pessoa, mas com os seus actos. Estou sempre a dizer isto, porque muitas vezes o que digo é mal interpretado: eu gosto dele; mas não gosto de certas coisas que ele faz. Ponto. É também desta forma que me vejo a mim e aos outros. E não digo isto para fugir com o rabo à seringa ou para diminuir ou amaciar o que quero dizer hoje. Tenho medo? Nem preciso de cão. Chego-me. Chego a ter saudades daquelas bochechinhas que nunca tive o privilégio de apertar. Contigo aprende-se a ter saudade…

 

Voltando ao Público. Dizes: há socialistas que têm “a ambição de dar a Portugal uma alternativa” como deve ser. Aqui digo eu: temos visto que sim!!!! E acrescentas que se impõe mais do nunca (!) “uma política corajosa (…).” E que ainda bem que António Costa tenha dado à costa; que o felicitas e apoias por ter aparecido (seria now or never, pergunto). Vais ao ponto de afirmar que ele é a esperança para o Povo, que “tem sofrido tanto com este Governo”. Caso para eu te perguntar: mas o senhor Dr. Mário Soares faz mesmo parte do Povo? Concluo olhando a coluna da direita, olhando-a de frente: que opinião pouco valente!

 

A da esquerda, de Valente, sim. Vasco Pulido diz que com ou sem Costa a malta é a mesma: “A [sua] súbita aparição não irá varrer com facilidade este antro [leia-se: PS] de estupidez, de ambição de intriga.” Que o PS se tem agora, e apenas, centrado na preocupação pelas culpas da cisão cada vez menos intermitente e visível aos olhos de todos. E diz, e certo, que a vantagem de Costa é a de há muito se ter divorciado de Sócrates (se é que alguma vez tenham sido casados; parece-me que tenha sido até agora uma “união” de facto). E também no facto de António Costa “perceber muito bem o mundo à volta dele.” Eu? Tenho dois amores. O resto é fiada.

 

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PS dá à COSTA

por Fátima Pinheiro, em 29.05.14

                                                     Encosta-te a mim...

 

Então é assim? Foi preciso esperar para ver o resultado de Seguro nestas eleições europeias? Por que é que Costa aparece só agora? Estava à espera que um terço dos portugueses se manifestassem? Mas não sabia já ele que a abstenção seria enorme? Mas que legitimidade politica tão magrinha! Esta golpada não é justa para Seguro. Não é justa para o país, não é justa para quem nos tem governado. Terá a justiça do tamanho que ele quer: ser o próximo primeiro-ministro de Portugal. De cavalo de pau, cavaleiro andante-militante desde as suas 14 primaveras, como fez questão de lembrar ontem aos jornalistas. Como que a dizer ao português: podes vir chorar no meu peito as mágoas e as desventuras, sabes sempre onde estou, sou o que te conta mentiras, do meu cavalo de pau, vou estar sempre do teu lado. Se é assim prefiro o Rui Veloso, que logo à noite estará na Bela Vista. Será o meu país um Rock in Rio? Venham depois com a cantilena que Durão Barroso nos abandonou e de que no fim das contas é ele o culpado. Género western: “DB: procura-se!” Abandonou o tanas. Sabem a história toda?

 

O estado da democracia chegou a um ponto em que não vale a pena dizer – para já - que estas não foram eleições legislativas. As ideias de democracia e Europa estarão em crise. Os protagonistas políticos – salvo uma ou outra exceção que me recuso a sublinhar porque está na cara – mostraram mais uma vez como se tem feito a política: facadinhas nas costas, oportunismo, e apostas quando não há risco. Passos Coelho tem tido a coragem de tomar medidas de austeridade, impopulares. Coisas desagradáveis. Às vezes a chutos e pontapés? Terá dado algum passo que não foi o correto? Não fez nada que não desse certo? (os Xutos logo vão cantar ao lado do Rock do Rui).  Não que eu lhe queira assim tanto. Mas não se percebe que quem ganhou no Domingo foi ele? Pelo que tem feito? Pelos riscos mesmos riscos, e não a fingir?

 

O silêncio das urnas no Domingo pode ser visto como uma moção de confiança – ou o benefício da dúvida - para que quem começou a obra, a leve ao fim. Para se fazer o que ainda não está feito. Embora estejamos com o país a abanar, a ver muita gente a passar mal, vale agora a pena deitar tudo a perder? Ricos, privilegiados parece que sempre os teremos. Queremos que Roma e Pavia se façam num dia? Cortem as pernas a Passos! Cortem as pernas a Seguro! Por que não chamam Sócrates para um “encore”? É para começar de novo e dizer, mais uma vez: “agora é que é”? Histórias da carochinha. Vem o novo Salvador? Vai-se rebobinar. Já vi este filme. Deixemo-nos de utopias. Eu prefiro uma presença, a errar por vezes, mas a pegar no barco que estava à deriva.

 

O Governo não fez o que a troika quis, ou não governou “a mando” dela, lembrou ontem Passos Coelho na abertura do Conselho Nacional. Fez sim o que entendeu necessário – tinha e tem toda a legitimidade para o fazer - para retirar o país da insolvência em que se encontrava. E nós esquecemos por que chegamos a esse abismo, ou “terramoto”. Ribeira vai cheia e o barco não anda? Sem referir o Tribunal Constitucional, o PM lembrou ainda que é preciso uma tomada de consciência, que há decisões que poderão vir a comprometer o futuro do país. Que poderão por em causa uma recuperação sustentada da nossa economia e a recuperação da credibilidade do país.

 

António Costa quer disputar a liderança do PS e desafia o líder do partido a dar a palavra aos militantes? O PS é que está em crise. O terramoto que sofre agora – com tanta fratura interna - não deve impedir que se continue a aposta legitimada nas últimas legislativas. Costa disse ontem que se Seguro não convocar o congresso, ele próprio irá avançar com um pedido na comissão nacional:  "O PS é um partido responsável e democrático, onde a boa tradição é que haja liberdade de expressão, pluralidade e escolha democrática pelos militantes das suas lideranças"

 

Deu à Costa, pronto. Can´t get no satisfaction. Eu? Tenho o meu amor lá na outra banda. Nem tudo o que vem à rede é peixe. Não que seja maniqueísta mas isto está a melhorar. Seguro segura-te, ou queres o usa e bota fora. Os mandatos levam-se até ao fim se há razões. E há. Ou poderá cair este  governo só porque o PS tem mais uma cadeira na “europa”? Acho que basta. Costa: queres ser Primeiro Ministro? Eu ofereço-te um jogo de computador. Ainda tens o Magalhães? Não brinco contigo. Simpatizo contigo. O tua cara agrada-me; sei, de fonte segura que és competente, que ainda nos teen já fazias leis. Um animal político. Mas será que vale tudo?

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Votei Marinho Pinto

por Fátima Pinheiro, em 26.05.14

 

                                   Marinho Pinto  fotografia tirada da net

 

Começei a olhar para ele num debate televisivo sobre coadoção. O tema é fracturante. Muitas perguntas não foram respondidas. Houve uma que me ficou, e veio de um Marinho Pinto que eu desconhecia até então:"uma criança tem direito a um pai e a uma mãe?". E ele disse que sim.

 

Isabel Moreira antes dissera : "um espermatozóide não é um pai". Tem toda a razão, mas é também verdade que um espermatozoide pode vir a ser um pai.

 

Trata-se de proteger a criança. Estranho porém ter que repetir-se este dogma tanta vez! E como é habitual neste tipo de programas, na mesa estiveram números, leis de países considerados mais avançados, estudos de psicologia que mostram que a presença masculino/feminino é fundamental, outros estudos, o contrário.

 

Um dia farão espermatozoides em laboratório, dir-me-ão. Preciso de saber como é que se poderá vir a fazer, a partir de que material biológico. Também quando se discutiu a clonagem me explicaram que qualquer célula serviria, que poderia, por exemplo, ser retirada de uma perna. O que quer dizer que tenho, neste caso, como "pai", uma perna. Aqui ironizo, obvio.

 

Ser pai é muito mais que ser o pai biológico, o que vale para a mãe, e não só para a clonagem. Mas voltando ao Programa onde passei a seguir Marinho Pinto, registei:  que a criança tem direito a um equilíbrio afetivo; que muitos casais não o dão, outros sim; que muitas instituições não o dão, outras dão. Que o que preferem os filhos de uns, não preferem os de outros: uns acham que é uma estupidez a criança viver com dois pais e com duas mães; outros filhos acham que pode ser, que é melhor uma criança, que "perdeu" os pais, viver com alguém que lhe dê amor, do que viver numa instituição sem rosto humano. Também acho. Conheço alguns “casos”.

 

Fartos de saber a sociedade em que vivemos: casais, instituições, política, que deixam muito a desejar. Não são o ideal, não promovem o bem comum, que não o é se não for o bem de cada pessoa. Não se fazem leis em cima do joelho.

 

O Estado tem que se mexer, mas com sabedoria e não a dizer “vou ali e já venho”. A política não devia ser a atividade mais nobre? Digo o que penso: uma criança precisa de um pai e de uma mãe. E não é só a criança, mas o adulto que sou também. Parece mais razoável que assim seja, não para convencer ninguém mas é o que se passa comigo, e desconfio que qualquer criança prefere ser agarrada por pai e mãe. "Há isso é o ideal", dizem-me. "Pois é", digo. E acrescento: "mas não é disso que estamos a falar?". Ou deve o Estado por baixa a fasquia? Pôr-se de cócoras e "avançar" para leis injustas? "No meu tempo ainda hei-de ver muita coisinha que nunca pensei vir a ver",lá dizia a mãe do meu pai. Agora eu: para onde vamos?

 

Vamos, sim, tratar destas crianças. Há muitos que já o fazem no terreno e não apenas em nome dos direitos dos homossexuais - a quem não quero tirar nada. Nasci para ser feliz: não porque o mereça, mas porque me encontrei a querer sê-lo. E quero o meu pai e a minha mãe, que Deus tem. Pão, pão, queijo, queijo. Parabéns Marinho Pinto. Começa a fazer a mala.

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                                      Marcelo Rebelo de Sousa, há 100 dias, no Congresso do PSD

                                       da net

 

Assisti in loco à aterragem do Professor Marcelo, no Coliseu, no último Congresso do PSD. Agora foi na cidade dos amores, na campanha das Europeias. A três dias do voto, é o mesmo que está em causa: o factor X, ou uma gala de talentos? Taça ou Globo de Ouro? Quem trabalha com a Bimby sabe que com os mesmos ingredientes se fazem coisas diferentes: é só programar os botões tempo, velocidade e temperatura. Resta saber o que se quer comer depois de 25.

 

Marcelo foi decisivo há 100 dias, pelo inesperado, e pelo número que protagonizou às portas de Santo Antão. Lembro-me de um dia ele ter dito que um bom professor sabe fazer teatro. Não que o Congresso laranja estivesse no D. Maria; mas sempre estávamos num Coliseu especial. De Passos Coelho, o que via eu de uma dessas galerias? Discrição e fora das câmaras. Tudo menos passear no calmo da tarde. O que tem Passos, que fez vir ao Coliseu quem disse que não iria? O que tem Passos, que fez o seu anterior rival na candidatura à liderança do PSD dizer o que disse, um dos melhores discursos do dia? Que tem Passos para mostrar um PSD a pulsar de novo?

 

O anúncio de que Marcelo ia chegar - ele que tinha dito que não iria -, tornou quente a sala. Afinal o Congresso tinha interesse. E Marcos Mendes acabou por aparecer, depois do jantar. E Pedro Santana Lopes fez um discurso de arrasar. Ao longo da tarde já alguns congressistas tinham reconhecido o valor da postura de autoridade de Passos Coelho. O tempo passava, e era vê-los a chegar, e a abraçar. Uma espécie de filhos pródigos vindos de seu próprio pé a um lugar de chegada e arranque. Uma família desavinda em muito, mas a manifestar qualquer coisa diferente. O professor chegou por volta das 19h e lá vi o costumeiro abraço ao líder. Ainda veio a tempo de ouvir e ver Rangel, que fez um discurso brilhante. Inteligente. Sabe pensar e sabe comunicar, qualidades raras numa só pessoa (nem preciso de exemplificar...) E quis marcar aí os Passos para as Europeias. Pediu a Seguro interlocutor, na hora. A bem da Política, isto é, para não falar para as paredes. Estavamos a 100 dias das Europeias. A precisar de argumentação e de ação. "Carificação e não hesitação!", disse para comparar Passos e Seguro.

 

O trapézio tinha então Marcelo (s ) e Santana. Este, diplomaticamente, manifestou uma visão razoável: aparecer quando tudo corre bem, pode resvalar para o banal; aparecer para aproveitar a onda, pode resvalar para o sacrifício. Por Portugal, repetiu várias vezes. E disse que o PSD tem liberdade sim, mas tem regras também; que chega de palhaçada; que há quem tenha o talento de por a sua vida no que diz; e que diz que há o talento de quem aparece e desaparece a seu bel prazer, sem dar o litro.

 

Se há alguém que anda a passear, esse não se chama Pedro. São outros que passeiam. Outros que passaram e não passaram. Passarão e não passarão. Rangel em Coimbra sabe, disse-o aos jornalistas, quando questionado se tinha ficado surpreendido com o teor do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, em que apelou ao voto em Juncker para presidente da Comissão Europeia. "Ele é uma pessoa que nos consegue sempre surpreender, isso faz parte das suas características." Falando aos jornalistas em Óbidos, depois de ter percorrido a pé com o primeiro candidato do CDS-PP, Nuno Melo, ruas do centro daquela vila, o cabeça de lista, Paulo Rangel disse que ficou surpreendido "pela positiva, porque é muito importante fazer esta pedagogia europeia, como ele fez".

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Nuno Crato: gosta do novo Pavilhão do Conhecimento?

por Fátima Pinheiro, em 17.05.14

 

                                                                   

 

                                               Luz e lata

 

À Corrida no Campo Pequeno, que aqui referi, segui para uma after party onde estariam “todos”. De regresso a casa passei obrigatoriamente e propositadamente por Santos. Fui finalmente  fazer o reconhecimento do terreno (trabalho experimental) onde deixo ir um dos meus “educandos”, todas as sextas-feiras. Ela é que pediu para ser às sextas. A liberdade é dela, preciosa, única e intransmissível. Mas calma; eu não vou nos kids, e faço o trabalho de casa e do caso: cada dia “expresso” o ensaio de querer ser livre. Às vezes sai-me torto. Mas como o caminho é sempre em frente, avanço sempre. Porque entendo a liberdade como  uma adesão às coisas, de modo a abraçá-las na sua totalidade. Quando se deixa uma parte de lado, é aquele amarguinho de boca de quem teve a ilusão de ter experimentado a liberdade. Quem não o teve já tantas vezes? A liberdade está no respirar com todos os pulmões. Isto para dizer que para educar a minha 10 ager só há um caminho: eu ser livre também. Arriscar que ela arrisque sem que eu esteja ali a fazer discursos moralistas ou a corrigir danos colaterais. Isso não pega. E não tem interesse nenhum. E Nuno Crato, que tem a ver com isto? Tudo. Era muito, muito, tarde. E Santos estava cheio…

 

Eu não sei quem manda nas horas de fecho daqueles bares de portas abertas (pois não!). Não sei quem “pensa” nas leis que regulam isto. O que sei é que havia bué de jovens e adolescentes que no “dia seguinte” - que já não é seguinte mas “daqui a bocadinho” -  é suposto estarem num dos bancos da sua escola. “Sua” deles, e “Sua”,  Senhor Ministro.  Secundárias, universitárias e assim. Está  tudo dito. Com que canasto irão para o seu banco escolar? Para esses lugares de excelência, neste caso de Sua Excelência?

 

Uns ficarão a dormir. Ou, se quisermos, para usar uma linguagem mais culta, ficarão nos braços de Morpheu. Outros arrastar-se-ão, isto é, vai o esqueleto. Vejo-os  muitas vezes, lá pela tarde nas escolas e universidades no prolongamento das cervejolas e afins, agora tendo pago um pouco mais. Bruxo! Coitados.

 

Não estou contudo aqui a defender que não se divirtam. Mas de 2ªfeira a 5ªfeira, não é o mesmo que 6ªfeira e sábado! Não acha? Não percebo porque não se articula com os seus colegas que fazem as leis e os regulamentos. “Mentos”, mesmo, pensados à medida da res

 

Isto tudo faz-me lembrar uma vez que fui ao médico tratar de uma maleita de coisa pouca e bem localizada. O médico nunca me olhou nos olhos. Senhor ministro: já olhou para os seus alunos? Não digo para os números que se exibem nas listas estrangeiras que nos julgam.  “OCDES” & Company. Mas para eles mesmo?

 

Sei o que é o “ensino a distância”, gosto, e entre nós conheço casos de sucesso. Mas “a distância” ou “presencial”, a educação não pode prescindir da totalidade dos factores em jogo na vida dos NOSSOS adolescentes. Não sei se costuma ir a Santos. Se não, então sugiro que vá presencialmente – não a distância – e que veja este novo Pavilhão do Conhecimento. Pare, escute e olhe. Que pense, faça, e que depois diga qualquer coisinha. Roma e Pavia não se fizerem num dia. Mas parece que Pisa sim.

 

 

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